Neurodivergente: tudo o que você precisa saber
- Aline D'Avila
- 30 de ago.
- 3 min de leitura
A neurodivergência é um conceito que reconhece a diversidade neurológica humana, abrangendo condições como autismo, TDAH, dislexia, deficiência intelectual, entre outras.
Este artigo responde as suas principais dúvidas sobre o tema, como o que é, quais transtornos são considerados como neurodivergete, os sintomas, como é realizado o diagnóstico e o que fazer em caso de confirmação de diagnóstico.
O que é neurodivergente?
O neurodivergente refere-se a variações naturais no funcionamento do cérebro, que diferem do padrão considerado "neurotípico". O termo, popularizado por Judy Singer na década de 1990, promove a ideia de que essas diferenças não são déficits, mas sim parte da diversidade humana.
Pessoas neurodivergentes podem ter formas únicas de processar informações, interagir socialmente ou aprender.
Definição chave: Neurodivergência abrange condições neurológicas que afetam o comportamento, a cognição e a interação social.
Importância: Reconhecer a neurodivergência promove inclusão e descriminação.
Fato relevante: Estima-se que 15-20% da população mundial seja neurodivergente.
Principais tipos de neurodivergência
O neurodivergente inclui diversas condições, cada uma com características específicas. Abaixo, listo os tipos mais comuns, seus sintomas e particularidades:
Descrição: Condição que afeta a comunicação, interação social e comportamentos repetitivos ou restritivos.
Sintomas principais:
Dificuldade em interações sociais (ex.: interpretar expressões faciais).
Comportamentos repetitivos (ex.: balançar o corpo).
Sensibilidade sensorial (ex.: aversão a sons altos).
Dados: Segundo a OMS (2024), 1 em cada 100 crianças no mundo é diagnosticada com TEA.
Descrição: Caracteriza-se por dificuldades em manter a atenção, impulsividade e/ou hiperatividade inadequada à idade.
Sintomas principais:
Dificuldade em focar em tarefas.
Comportamentos impulsivos (ex.: interromper conversas).
Inquietação física ou mental.
Dados: Aproximadamente 5-7% das crianças e 2-5% dos adultos têm TDAH, segundo a Associação Brasileira de TDAH (2023).
Descrição: Transtorno de aprendizagem que afeta a leitura, escrita e soletração.
Sintomas principais:
Dificuldade em decodificar palavras.
Leitura lenta ou com erros.
Problemas com ortografia.
Dados: Estima-se que 10-15% da população tenha dislexia, conforme a International Dyslexia Association (2024).
Sintomas gerais da neurodivergência
Embora cada condição tenha características específicas, alguns sinais gerais podem indicar neurodivergência, como:
Cognitivos: Dificuldade em manter a atenção, problemas com memória de trabalho ou processamento lento.
Sociais: Desafios em interpretar sinais sociais ou manter conversas.
Sensoriais: Sensibilidade ou baixa resposta a estímulos como luz, som ou texturas.
Emocionais: Regulação emocional intensa ou dificuldade em lidar com mudanças.
Os sintomas variam amplamente, e o diagnóstico deve ser feito por profissionais qualificados, como psicólogos ou neurologistas.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico de neurodivergência envolve uma avaliação, geralmente com:
Entrevistas clínicas: Para entender o histórico do paciente.
Testes padronizados: Como escalas para TEA ou TDAH.
Observação comportamental: Análise em diferentes contextos (escola, trabalho, casa).
Exames complementares: Em alguns casos, testes neurológicos ou de imagem.
Dúvidas mais comuns sobre neurodivergência
"Neurodivergência é doença?"
Não, é uma variação natural do cérebro, embora algumas condições possam exigir suporte.
"Como apoiar uma pessoa neurodivergente?"
Ofereça ambientes inclusivos, respeite suas necessidades sensoriais e evite julgamentos.
"Neurodivergência e mercado de trabalho"
Muitas empresas, como Microsoft e SAP, têm programas de inclusão para neurodivergentes, com 20% mais contratações em 2024.
"Testes online para neurodivergência são confiáveis?"
Testes online podem ser um ponto de partida, mas não substituem um diagnóstico profissional.
Estratégias para apoiar neurodivergentes
Para criar um ambiente inclusivo e melhorar a experiência do usuário neurodivergente:
Na educação:
Adapte materiais (ex.: fontes maiores para disléxicos).
Ofereça pausas para TDAH.
No trabalho:
Flexibilidade de horários.
Espaços com menos estímulos sensoriais.
Na sociedade:
Promova conscientização e linguagem inclusiva.
Evite estereótipos (ex.: "autistas são sempre gênios").
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