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Sinais do Autismo: como identificar em crianças e adultos

  • Foto do escritor: Aline D'Avila
    Aline D'Avila
  • 23 de abr.
  • 5 min de leitura

Atualizado: 2 de mai.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição que muda a forma como alguém se comunica, se relaciona e se comporta. Os sinais do autismo são únicos para cada pessoa, mas reconhecê-los cedo, pode ajudar a oferecer o apoio certo.


Neste texto, vamos explicar de forma simples e acolhedora os principais sinais do autismo, para que você possa entendê-los e apoiar quem vive com essa condição.


O que é o Transtorno do Espectro Autista?


O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição que começa na infância e continua pela vida toda, afetando tanto crianças quanto adultos.


Ela influencia como a pessoa entende o mundo, se conecta com outras pessoas e lida com rotinas ou situações do dia a dia. O DSM-5, um manual usado por médicos e psicólogos, descreve o autismo como um “espectro”.


Isso significa que cada pessoa com autismo é única: algumas precisam de pouco apoio, como ajuda para entender conversas, enquanto outras podem precisar de mais suporte, como auxílio em tarefas diárias.


Apesar de começar na infância, o autismo não “desaparece” com a idade, mas o apoio certo, como terapias ou ambientes acolhedores, pode fazer uma grande diferença na qualidade de vida.



Principais sinais do autismo


Muitos pais se perguntam ou tem dúvidas sobre seus filhos terem autismo, por isso, vamos trazer alguns sinais que podem ajudar na identificação. Os sinais do autismo aparecem em duas áreas principais: dificuldades para se conectar com pessoas e comportamentos que se repetem ou são muito específicos. Vamos ver cada uma com exemplos simples.


1. Dificuldades na comunicação e interação social

Os sinais do autismo muitas vezes aparecem na forma como a pessoa se relaciona com os outros. Veja três sinais que costumam estar presentes:


  • Dificuldade em compartilhar emoções ou conversas: pode ser complicado para uma criança com autismo mostrar alegria ao brincar ou para um adulto responder a um papo sobre o dia. Por exemplo, eles podem parecer quietos ou não saber como continuar a conversa.

  • Problemas com gestos ou olhares: olhar nos olhos, usar gestos ou entender expressões faciais pode ser difícil. Uma criança pode não apontar para um brinquedo que quer, ou um adolescente pode parecer “desligado” sem intenção.

  • Desafios para fazer amigos: entender brincadeiras ou formar amizades pode ser mais difícil. Uma criança pode gostar de brincar sozinha, ou um adulto pode ter problema para se enturmar com colegas.


Esses sinais do autismo mostram que a pessoa pode precisar de mais tempo ou apoio para se conectar com os outros.


2. Comportamentos repetitivos ou restritivos

Outro grupo de sinais do autismo envolve ações que se repetem ou jeitos muito específicos de agir.


  • Movimentos ou falas que se repetem: algumas pessoas balançam as mãos, alinham objetos ou dizem a mesma frase várias vezes. Por exemplo, uma criança pode organizar carrinhos em filas perfeitas.

  • Gostar de rotinas fixas: mudanças, como um caminho novo para a escola, podem ser muito difíceis. Alguém com autismo pode querer comer o mesmo lanche todos os dias.

  • Interesses muito intensos: A pessoa pode amar um tema, como animais ou números, e falar sobre isso o tempo todo. Um adolescente pode saber tudo sobre aviões, mas não se interessar por outros assuntos.

  • Reações diferentes a sons ou texturas: barulhos altos, como buzinas, podem incomodar muito, ou a pessoa pode adorar tocar coisas com texturas específicas, como tecidos macios.


Esses sinais do autismo muitas vezes ajudam a pessoa a se sentir mais calma ou no controle do seu mundo.


3. Outros pontos importantes

O DSM-5 também explica que os sinais do autismo:

  • Começam na infância, mesmo que só sejam notados mais tarde, como na escola ou na vida adulta.

  • Afetam a vida da pessoa, como dificultar aprender na escola, fazer amigos ou trabalhar.

  • Não são causados por outro problema, como uma dificuldade de aprendizado sozinha.


Os médicos também verificam se a pessoa precisa de pouco, médio ou muito apoio, o que ajuda a planejar como ajudá-la.


Como os sinais do autismo mudam com a idade?

Os sinais do autismo podem parecer diferentes dependendo da idade, seja em filho ou adultos. Veja alguns exemplos:


  • Crianças pequenas: um bebê pode não responder quando chamam seu nome, não falar até os 2 anos ou brincar repetindo os mesmos movimentos, como girar rodas de carrinhos. Ele pode não gostar de abraços ou ser muito sensível a barulhos.

  • Adolescentes: um adolescente pode ter dificuldade em entender piadas ou saber como agir com amigos. Ele pode amar um assunto, como jogos, e se estressar com mudanças, como um horário novo na escola.

  • Adultos: um adulto pode achar difícil trabalhar em grupo ou lidar com reuniões. Ele pode preferir rotinas fixas e ter paixões específicas, como colecionar algo.


Mesmo que os sinais do autismo sejam mais discretos em algumas pessoas, eles ainda fazem diferença na vida delas.


Quando procurar ajuda?

Se você notar sinais do autismo, como os que descrevemos, é bom conversar com um médico, psicólogo ou pediatra. Alguns sinais importantes para observar são:


  • Uma criança não falar ou apontar coisas até os 2 anos.

  • Parar de usar palavras ou habilidades que já tinha.

  • Fazer movimentos repetitivos ou ter muita dificuldade em se conectar com os outros.


Os médicos usam o DSM-5 e testes especiais para confirmar o autismo. Quanto mais cedo você buscar ajuda, mais rápido a pessoa pode receber apoio, como terapias que ajudam na escola ou na comunicação.


Como ajudar quem tem autismo?

Apoiar alguém com autismo é sobre entender e respeitar os sinais do autismo que eles mostram. Algumas formas de ajudar são:


  • Terapias: programas como ABA ou fonoaudiologia ensinam jeitos de se comunicar ou lidar com emoções.

  • Ambientes tranquilos: evitar barulhos altos ou mudanças bruscas ajuda quem tem sensibilidades sensoriais.

  • Inclusão: escolas e trabalhos podem se adaptar para incluir a pessoa, como dar instruções claras ou respeitar rotinas.


Famílias e amigos também ajudam muito quando aprendem sobre o autismo e celebram o que a pessoa tem de especial.


Conclusão


Os sinais do autismo, incluem dificuldades para se conectar com os outros e comportamentos repetitivos que começam na infância. Reconhecer esses sinais com carinho pode transformar a vida de quem tem autismo, abrindo caminhos para apoio e inclusão.

Além disso, é comum que algumas pessoas com autismo também sejam avaliadas para outras condições, como o TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade). Uma avaliação neuropsicológica é essencial para diagnosticar o TDAH, pois ela examina atenção, memória e comportamento, ajudando a criar um plano de apoio bem certinho.


Com a ajuda certa, como terapias e ambientes acolhedores, pessoas com autismo ou TDAH podem mostrar todo o seu potencial. Agende sua avaliação hoje mesmo

 
 
 

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