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Será que tenho TDAH?

  • Foto do escritor: Aline D'Avila
    Aline D'Avila
  • 12 de dez. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualizado: 16 de abr.

A busca por um diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma realidade crescente em consultórios médicos e neuropsicológicos.


Contudo, é essencial compreender que vários outros transtornos compartilham sintomas com o TDAH, tornando o processo de diagnóstico um desafio clínico que exige cuidado, experiência e conhecimento atualizado.


Indivíduos com transtornos de ansiedade frequentemente apresentam dificuldades de concentração e inquietação. Esses sintomas podem ser confundidos com desatenção e hiperatividade, mas a ansiedade é marcada por preocupações persistentes, enquanto o TDAH tem uma origem neurodesenvolvimental (Barkley, 2022).


A diferença entre TDAH e depressão


A redução da energia e a dificuldade de manter a atenção são características comuns em pessoas com depressão. A diferença entre TDAH e depressão reside no histórico do paciente e no impacto dos sintomas em diferentes contextos (Seabra e Dias, 2021).

Os transtornos de aprendizagem, como a dislexia, também apresentam desafios de atenção, especialmente em situações acadêmicas.


O uso de testes padronizados e a avaliação detalhada da história escolar são essenciais para diferençar essas condições do TDAH (Malloy-Diniz et al., 2020). Algumas manifestações do transtorno do espectro autista, TEA, como dificuldade em manter a atenção em atividades de interesse limitado também podem ser confundidas com TDAH.


No entanto, o TEA apresenta características únicas, como alterações na comunicação social e comportamentos repetitivos. Ainda, a impulsividade e a desobediência típicas do transtorno opositor desafiador, TOD, são frequentemente confundidas com o TDAH. Barkley (2022) enfatiza que o TOD está mais relacionado a padrões comportamentais persistentes de desafio e hostilidade.


A Importância de um diagnóstico preciso


Você já deve ter se perguntado "Será que tenho TDAH?". Essa pode ser uma dúvida comum, mas o diagnóstico correto é a base para um tratamento eficaz. Confundir o TDAH com outro transtorno pode levar a intervenções inadequadas, que não trarão benefícios reais ao paciente. Estudos (Seabra e Malloy-Diniz, 2021) destacam que, em casos de diagnósticos imprecisos, o risco de piora nos sintomas e no bem-estar geral do paciente aumenta significativamente.


E o que fazer para obter um diagnóstico preciso? Quando buscar ajuda? Uma maneira é observar os sintomas e os impactos que eles têm no seu dia a dia. Nesse sentido, seguem algumas dicas que podem te ajudar:


  1. Registre os sintomas: mantenha um diário dos comportamentos, incluindo o contexto em que ocorreram, a frequência e o impacto.

  2. Consulte profissionais especializados: procure psicólogos, neuropsicólogos ou psiquiatras com experiência em TDAH e transtornos relacionados.

  3. Fique atento ao contexto: observe se os sintomas ocorrem em múltiplos ambientes, como trabalho, escola e casa. O TDAH geralmente impacta vários contextos.

  4. Evite autodiagnósticos: apenas um profissional qualificado pode determinar se os sintomas são resultados de TDAH ou de outro transtorno.


Por fim, se os sintomas de desatenção, impulsividade e hiperatividade interferem no cotidiano, como nas suas relações interpessoais, no desempenho acadêmico ou profissional, é hora de procurar ajuda. Quanto mais cedo o diagnóstico é feito, maiores são as chances de uma intervenção bem-sucedida.


Está precisando de uma avaliação neuropsicológica? Descubra como ela pode ajudar você clicando no link abaixo:





Referências


  • Barkley, R. A. (2022). Taking Charge of ADHD: The Complete Authoritative Guide for Parents. Guilford Press.

  • Malloy-Diniz, L. F., Sedo, M., Fuentes, D., & Leite, W. B. (2020). Neuropsicologia: Teoria e Prática. Artmed.

  • Seabra, A. G., & Dias, N. M. (2021). TDAH e Transtornos Associados: Avaliação e Intervenção Baseada em Evidências. Hogrefe.



 
 
 

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