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Hiperdiagnóstico de TDAH: quais os impactos e como buscar ajuda adequada?

  • Foto do escritor: Aline D'Avila
    Aline D'Avila
  • 24 de jan.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 8 de jul.


Nos últimos anos, tem-se observado um aumento significativo no número de diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) em diferentes faixas etárias. Embora essa condição seja amplamente estudada e reconhecida, o fenômeno dos hiperdiagnósticos de TDAH tem levantado preocupações entre especialistas, pacientes e familiares.


Por que tantos hiperdiagnósticos de TDAH?


Os superdiagnósticos referem-se à identificação excessiva ou incorreta de uma condição médica em pessoas que não preenchem todos os critérios clínicos necessários para tal diagnóstico.


No caso do TDAH, isso pode ocorrer devido à falta de avaliações detalhadas, no qual o diagnóstico basea-se apenas em autorrelatos ou observações superficiais, a um, confusão com outros transtornos visto que os sintomas do TDAH podem ser semelhantes aos de ansiedade, depressão ou transtornos de aprendizagem e autismo, ou a uma pressão social ou educacional, as quais expectativas acadêmicas e comportamentais podem levar a diagnósticos precipitados.


E quais são os impactos de um diagnóstico falso-positivo? Muitos pacientes diagnosticados com TDAH recebem medicações psicoestimulantes, como o metilfenidato e a lisdexanfetamina, que possuem efeitos colaterais significativos, incluindo insônia, perda de apetite e alterações de humor.


Quando utilizadas sem necessidade, essas medicações podem prejudicar a saúde física e mental. Além do uso indevido de medicamentos, um diagnóstico equivocado pode levar a tratamentos que não abordam as verdadeiras dificuldades do paciente, perpetuando problemas emocionais, acadêmicos ou profissionais.


Além disso, pessoas rotuladas incorretamente como TDAH podem enfrentar preconceitos, sendo vistas como desorganizadas ou incapazes de cumprir tarefas, o que afeta sua autoestima e as relações interpessoais.


O que fazer para me proteger de um diagnóstico errado de TDH


O que fazer para me proteger de um diagnóstico errado? Primeiro, busque por profissionais psicólogos e médicos especializados em transtornos do neurodesenvolvimento. Eles devem realizar uma avaliação abrangente, a qual inclui entrevistas clínicas detalhadas, além de uso de testes padronizados e validades cientificamente. Segundo, busque conhecer sobre os critérios diagnósticos para TDAH.


Conforme o DSM-5-TR (APA, 2022), os critérios incluem a presença de sintomas persistentes de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que impactam diretamente na qualidade de vida em múltiplos contextos (escola, trabalho, casa).


É importante que os sintomas sejam desproporcionais à idade e ao desenvolvimento do indivíduo. Terceiro, desconfie de diagnósticos rápidos feitos em consultas muito breves ou sem uma avaliação aprofundada. Quarto, evite a automedicação: o uso inadequado de medicações pode mascarar outras condições ou agravar problemas existentes. Quinto, eduque-se sobre o TDAH.


Entender sobre o transtorno e suas manifestações ajuda a identificar sinais reais e a diferenciar sintomas que podem ser decorrentes de outras condições ou situações transitórias.


Avaliação Neuropsicológica: O Primeiro Passo para um Diagnóstico Preciso


A onda de superdiagnósticos de TDAH reflete a necessidade de maior cautela na avaliação e tratamento de transtornos mentais. Ao buscar profissionais qualificados e estar atento aos processos diagnósticos, é possível garantir que suas necessidades reais sejam atendidas de maneira adequada. Um diagnóstico correto não apenas orienta o tratamento mais eficaz, mas também promove bem-estar e qualidade de vida a longo prazo.


Se você está em busca de respostas, a avaliação neuropsicológica pode ser o primeiro passo para entender suas necessidades e melhorar sua qualidade de vida. Clique no link abaixo e saiba mais!





Referências Bibliográficas


American Psychiatric Association. (2022). DSM-5-TR: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. 5ª ed., texto revisado.


Malloy-Diniz, L. F., Fuentes, D., Mattos, P., & Abreu, N. (2010). Neuropsicologia: Teoria e Prática. Porto Alegre: Artmed.


Research Articles from PubMed and Google Scholar related to ADHD Overdiagnosis and Treatment.

 
 
 

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